No texto Governança: Mais estrutura e Menos Conflito falamos sobre a estrutura e pilares da Governança Corporativa (GC) e seu significado para as empresas, pois implica no modo como as estas são geridas e controladas, envolvendo a questão relacional desde funcionários, colaboradores até a alta administração e que é através das boas práticas, que a empresa obtém bons resultados.
Muito bem. E qual é o profissional na empresa que sabe compreender e mediar conflitos? Quem é o especialista em relacionamento com os públicos? É O RELAÇÕES PÚBLICAS (RP)!! Onde, inclusive, tem nas suas atividades criar boa vontade nos diversos públicos com quem a empresa se relaciona.
É o RP que orienta, ajuda, direciona as organizações a se comunicarem de maneira direta e transparente com seus públicos (interno, externo e stakeholders). Praticando, assim, um dos princípios básicos de GC – a transparência. Com essa transparência nas ações que ele, o RP, ajuda a gerar credibilidade e valor à empresa.
Para uma empresa, sem dúvida alguma, o maior bem intangível porém mensurável é sua reputação e imagem atreladas à identidade perante o mercado como um todo, acionistas, os futuros e seu público.
A formação desses dois pilares, a reputação e a imagem, começa sempre com a identidade corporativa que tem como base os princípios e valores de uma organização desde sua cultura organizacional até seus produtos, logos, capital humano e por aí vai.
A IMAGEM é o que percebemos de uma organização e como já dizia Philip Kotler “não consumimos produtos, mas sim a imagem do que temos deles.” E, uma empresa/organização só tem sua imagem consolidada se a mesma estiver bem fundamentada.
A REPUTAÇÃO está ligada ao conceito, ao sentimento associado a ela. É tudo o que a empresa constrói pela Vida e a história que todos contam dela. É o que dizemos em ditado popular: ”Temos uma reputação a zelar.”
Podemos dar como exemplo dois tipos:
A Samarco Mineração S/A, empresa controlada pela Vale S/A e BHP Billinton foi uma empresa que teve sua reputação manchada. Mineradora que é lembrada até hoje pelo maior desastre ambiental do Brasil; causando danos irreparáveis ao ecossistema, às vidas e à economia da região mineira. Em relação ao bom exemplo podemos citar a Natura. Empresa de cosméticos que extrai matéria prima do meio ambiente, mas se preocupa em ‘restaurá-lo’; o que difere da primeira.
Isso tudo para dizer que, atualmente, as empresas são avaliadas pelo seu patrimônio sim, mas também pela boa imagem e reputação que impactam de forma contundentes na criação de valor gerada. Neste caso, é sobre isso que investidores, acionistas, stakeholders dão mais importância na hora de investir financeiramente nas organizações que tem identidade definida e que não só primam pela transparência como também demonstram melhor sua imagem e reputação.
O RP é o responsável estratégico que agrega valor às relações humanas; que promove o entendimento entre as partes interessadas e público da empresa porque uma boa comunicação bem feita (levando em consideração a cultura da empresa, seus valores) fortalece a identidade da empresa, gerando credibilidade e, valoriza a imagem perante a sociedade.